Dendrofobia autárquica
, como todq
Dendrofobia
autárquica
Quem terá tido a ideia
peregrina de mandar desmembrar algumas magníficas árvores que ladeiam a rua
José Esteves Garcia (antiga Estrada Nacional), mais precisamente na Cova dos
Pinheiros, em Oleiros? Por que lhes deceparam o fuste, quando a tendência
natural daquelas espécies é para o crescimento vertical, não havendo sequer
quaisquer linhas aéreas (telefónicas ou de distribuição de eletricidade) que
possam ser afetadas?
Foram mutilados quatro graciosos
álamos e um imponente plátano. Foi dito que se tratava de uma poda! Ora, segundo
as mais elementares regras de silvicultura, as podas, quando necessárias,
fazem-se no final do inverno, e não às portas do verão, quando todas as árvores
se apresentam cheias de folhagem. Além disso, não são aceitáveis podas tão radicais como aquelas.
Também há 3 ou 4 anos foram
abatidos, no mesmo local, três majestosos ciprestes, com a alegação de que
estavam na iminência de cair, o que não é credível, visto que se apresentavam
extraordinariamente saudáveis, como ainda hoje se pode comprovar observando as
cepas que lá ficaram, ainda sem qualquer sinal de decrepitude. Apesar da sua leve
inclinação, como se verifica em todas as árvores que lá se encontram, devido à implantação em talude, o seu bom estado fitossanitário,
como atrás se aludiu, garantia um forte enraizamento no solo. E mesmo que uma queda se viesse a verificar, seria para terrenos baldios, sem qualquer movimento
de carros ou de gentes.
Não se vislumbra, pois, nenhum motivo para tal destruição. Apenas uma lamentável dendrofobia por parte da
autarquia a pode justificar.
É uma desolação olhar para aquelas árvores mutiladas. Aquilo mais parece um ambiente de guerra onde bombas destruidoras desmembraram as pobres árvores.
ResponderEliminarA mutilação e o abate de árvores é sem dúvida uma dor de alma para todos os amantes da natureza. As árvores são vida!!! E deviam ser olhadas como um bem precioso!
Eliminar